domingo, 11 de abril de 2010

Barreiras (BA) ganha montadora de aviões de pequeno porte

Já está funcionando no Hangar da Aero Centro, instalada no aeródromo da Associação Barreirense Aerodesportista (ABA) a montadora de aviões de pequeno porte que visa atender a necessidade de agricultores e empresários que buscam nesse tipo de transporte a agilidade e rapidez necessárias para percorrer longas distâncias, como é o caso da região Oeste da Bahia.


De propriedade do empresário Kleber Rangel, a Aero Centro, que por muitos anos manteve uma parceria com a fábrica de aeromodelos Paradise, atualmente decidiu montar seus próprios aviões. “Minha ligação com a fabricação de aviões de pequeno porte data do ano 2000 quando o empresário Noé Oliveira, trouxe para Barreiras um protótipo P1, aeronave de dois lugares da Paradise para que eu testasse e efetuasse a venda na região. Durante seis anos fui o responsável pela venda de todos os exemplares produzidos pela empresa”, comentou o empresário ressaltando que agora resolveu fazer o caminho inverso. “Enquanto a Paradise fabrica e exporta aeronaves prontas para os EUA e Austrália, a Aero Centro vai importar kits RVs dos EUA, fazer a montagem em Barreiras e efetuar a venda no mercado interno”, disse Rangel.

Sobre a confiabilidade desse material, Rangel enfatiza que já existe mais de 8 mil aeronaves voando no mundo e outras 24 mil em construção e que utilizam esses mesmos kits. “A Aero Centro adquire esses kits de uma empresa de renome internacional, especializada em produzir e vender kits para serem montados pelo próprio comprador”, comentou.

Natural de Vitória da Conquista, mas radicado em Barreiras desde o início da década de 80, o empresário criou uma estrutura de montagem e está trazendo para Barreiras técnicos da região Sudeste e Sul para produzir aeronaves em escala. “Importamos recentemente oito Kits sendo três de aeronaves RV10 (quatro lugares, totalmente em alumínio, velocidade de cruzeiro de 320 km/h) e cinco RV7 (dois lugares, aeronave esportiva acrobática, totalmente em alumínio, velocidade de cruzeiro de 320 km/h) que pretendemos dar início a montagem tão logo o material seja liberado no porto de Santos”, falou.

Segundo Rangel, dessas aeronaves que a Aero Centro vai começar a montar, seis já tem proprietários. “A demanda nacional por esse tipo de aeronave é muito grande. Muitos agricultores e empresários têm adquiridos aviões em função da agilidade e rapidez na locomoção de grandes distâncias. Com a necessidade de estar em vários lugares no mesmo dia, o avião deixou de ser considerado um objeto de luxo e sim um item fundamental no concorrido mundo dos negócios”.

De acordo com o empresário, quando a montadora entrar em plena escala de produção, o que deverá ocorrer a partir do próximo mês de junho, a meta é montar duas aeronave/mês. “Essa produção já poderia estar nesse ritmo, só que temos alguns gargalos de importação e exportação. Nossos portos e aeroportos não estão preparados para absorver a demanda crescente no setor”, disse.

Na visão do empresário, outro fator negativo que tem prejudicado a ampliação da montadora é quanto ao acesso do aeródromo. “Só para se ter uma idéia, o aeródromo da ABA é considerado o segundo do interior no Nordeste em número de pousos e decolagens particulares e o acesso até aqui está em péssimas condições e não condiz com a necessidade de Barreiras”.

Custo

Dois lugares custa na faixa de U$ 130 mil e de quatro lugares U$ 185 mil, na versão básica, mas dependendo dos opcionais escolhidos pelo cliente, o preço pode ser maior.

Aero Centro Brasil 2010

Entre os dias 3 e 6 de setembro, Luís Eduardo Magalhães vai receber o que há de melhor em termos de aviação civil, com a realização do primeiro Aero Centro Brasil 2010 (Feira Show). O lançamento do projeto aconteceu no dia 20 de março, no Hotel Solar Rio de Pedras, e contou com a presença de pilotos, hoteleiros e donos de restaurante do município.

A ideia é incluir a feira, a partir de 2011, no calendário oficial de eventos do município. A principal justificativa para a realização do evento é o grande déficit existente no país em relação a eventos deste tipo.

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